Teste global da vacina Ômicron, da Pfizer, deverá ser realizado no complexo hospitalar Sheba, em Israel

O estudo será realizado preferencialmente em membros da equipe do Sheba Medical Center e em seus familiares com mais de 60 anos que ainda não receberam a segunda dose de reforço.

Um hospital israelense está se preparando para participar de um teste global da Pfizer e da BioNTech de uma vacina que visa especificamente a variante ômicron do coronavírus, com as primeiras doses a serem dadas no final do mês, informou o site Ynet no domingo.

Conversas foram realizadas nas últimas semanas entre as empresas farmacêuticas e funcionários do Ministério da Saúde de Israel, segundo o relatório. Os testes serão realizados no Sheba Medical Center, em Tel Hashomer.

O hospital já começou a procurar voluntários para participar do estudo, seguindo um critério específico de requisitos, preferencialmente entre funcionários do Sheba Medical Center e seus familiares. A maioria dos participantes devem ter mais de 60 anos e que ainda não receberam a quarta dose da vacina da Pfizer, que é o inoculante usado em Israel em seu programa nacional de vacinação. Além disso, os voluntários devem estar em monitoramento sorológico desde o início do programa vacinal do país, no final de 2020.

O hospital está atualmente aguardando a finalização do acordo e a aprovação do teste pelos diversos comitês junto ao Ministério da Saúde.

A variante ômicron, altamente contagiosa, impulsionou a quinta onda de COVID-19 de Israel, que registrou taxas recordes de infecções. Embora a onda tenha começado a diminuir recentemente, ainda havia mais de mil pessoas hospitalizadas em estado grave, segundo dados do Ministério da Saúde de Israel divulgados no domingo.

No entanto, há uma preocupação no Ministério da Saúde de que este estudo possa reduzir o interesse na segunda dose de reforço da vacina – a quarta dose no total –, atualmente disponível, pois as pessoas podem optar por esperar por uma futura dose específica da ômicron.

Israel foi um dos primeiros países a começar a administrar vacinas contra a COVID-19, que atualmente estão disponíveis para qualquer pessoa com mais de cinco anos e também foi o primeiro a oferecer uma dose de reforço a todos os maiores de 12 anos. No mês passado, um painel consultivo do Ministério da Saúde sugeriu disponibilizar um segundo reforço para maiores de 18 anos e uma quarta dose está sendo dada para aqueles com mais de 60 anos. O país conseguiu garantir os milhões de doses de que precisava em um acordo com a Pfizer, que incluía fornecer à empresa dados sobre a eficácia das vacinas entre os cidadãos israelenses.


Pesquisadores do Sheba Medical Center e do Instituto Technion realizam testes de impressão 3D de uma orelha

Inovação tecnológica é a marca registrada dos avanços promovidos na atenção à saúde em Israel

Uma pequena porcentagem de bebês nasce com deformações congênitas nas orelhas, o que pode causar impacto psicológico e físico.

Até agora, os cirurgiões não podiam fazer a reconstrução das orelhas antes que a criança tivesse ao menos 10 anos de idade.

Entretanto, o Dr. Shay Itzhak Duvdevani, médico sênior do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Otorrinolaringologia e chefe do Laboratório de Engenharia de Tecidos no Sheba Medical Center, está experimentando uma maneira de imprimir um material biodegradável em 3D (“scaffold”, no termo em inglês), no qual a própria cartilagem do bebê poderá se desenvolver, formando uma orelha adequada desde uma tenra idade.

Assim, além de cultivar a própria pele dos pacientes in vitro para ser enxertada no lugar da pele queimada, agora o centro médico do Sheba cultiva também outros tecidos diferenciados em laboratório, com vistas a salvar e a mudar o rumo de muitas vidas.


4ª dose triplica proteção contra Covid-19 grave em idosos, aponta estudo

Artigo Original Revista Galileu: https://revistagalileu.globo.com/Caminhos-para-o-futuro/Saude/noticia/2022/01/4-dose-triplica-protecao-contra-covid-19-grave-em-idosos-aponta-estudo.html

Resultados preliminares de pesquisa israelense indicam que o reforço ofereceu uma proteção maior também contra infecções pelo coronavírus em pessoas acima de 60 anos

Idosos com mais de 60 anos em Israel que receberam a quarta dose da vacina de Covid-19 tornaram-se três vezes mais resistentes contra casos graves da doença em comparação a pessoas da mesma faixa etária vacinadas com apenas três doses.

O resultado está em um estudo preliminar divulgado pelo Ministério de Saúde israelense neste domingo (23). A análise indicou ainda que a quarta dose duplicou a proteção contra infecções pelo coronavírus nos idosos.

A pesquisa realizada por várias instituições israelenses, incluindo o centro médico Sheba, comparou dois grupos: o primeiro composto por 400 mil pessoas com mais de 60 anos imunizadas com quatro doses e o segundo de 600 mil idosos vacinados com a terceira dose há pelo menos quatro meses.

O Ministério da Saúde de Israel enfatizou que a metodologia da análise foi semelhante a de artigos anteriores revisados por pares e publicados no jornal científico New England Journal of Medicine. Os dados da nova pesquisa ainda serão atualizados conforme novos dados ficarem disponíveis.

Segundo a agência de notícias Reuters, um outro estudo preliminar do centro médico Sheba indicou que a quarta dose aumenta a quantidade de anticorpos em relação à terceira. Porém, o aumento ainda não é suficiente para prevenir infecções pela variante de preocupação ômicron, considerada altamente transmissível.

Ainda assim, a quarta aplicação é “excelente contra as variantes Alfa e Delta”, segundo conta Gili Regev-Yochay, autora principal do estudo, ao site The Times Of Israel. Ela defende que o mais novo reforço é uma boa ideia para proteger aqueles que correm maior risco, mas que talvez a campanha de vacinação em Israel deva ser alterada para incluir pessoas ainda mais velhas.

Desde o início deste mês, o país do Oriente Médio tem vacinado os idosos com mais de 60 anos com a quarta dose da vacina Pfizer/BioNtech. Com a explosão de casos da ômicron em novembro de 2021, viagens internacionais foram rapidamente restringidas e o rastreamento de casos ficou mais rigoroso.


2021: Um ano de conquistas contínuas

Caros amigos,

Este ano de 2021 foi extraordinário para o Sheba Medical Center por diversos acontecimentos. Se tivéssemos que resumir todas as nossas realizações nos últimos 12 meses, poderíamos escrever um livro de recordes! Fique atento que, durante as próximas semanas, traremos alguns dos destaques de nossas principais realizações.

  1. RECONHECIMENTO PELA REVISTA NEWSWEEK - Pelo terceiro ano consecutivo – um fato sem precedentes -, Sheba foi eleito um dos "10 melhores hospitais do mundo" pela renomada revista. Nenhum outro hospital do Oriente Médio conquistou esse tipo de reconhecimento. Além disso, a Newsweek classificou o Sheba como "Melhor Hospital Especializado do Mundo" e "Melhor Hospital Inteligente do Mundo".
  2.  LÍDER NO COMBATE AO CORONAVÍRUS: Enquanto a pandemia continua a desafiar hospitais em todo o mundo, o Sheba Medical Center tem sido capaz de liderar a orquestração de diferentes iniciativas. No ano passado, o Sheba foi pioneiro em vacinar cidadãos imunodeprimidos com a terceira dose da vacina da Pfizer, sendo também “a primeira no mundo” a dar a terceira dose de reforço tanto às equipes médicas como aos cidadãos em geral. Além disso, o Primeiro Ministro de Israel, Naftali Bennett, endossou a iniciativa "Sala de Aula Verde" da pesquisadora do Sheba e professora de renomadas universidades, dra. Gili Regev-Yochay, que desempenhou um papel vital em manter as escolas de ensino fundamental e os jardins de infância abertos, mesmo durante uma onda da doença. E, enquanto você lê isto, Sheba conduzirá um quarto programa de pesquisa de vacinação, o primeiro desse tipo no mundo, liderado pela professora Yochay.
  3. ACORDOS DE ABRAÃO 1- No último ano, Sheba acelerou suas atividades nos Emirados Árabes Unidos, com médicos de nossa equipe oferecendo serviços virtuais e presenciais para diferentes hospitais em Dubai e Abu Dhabi. Também pela primeira vez, um médico israelense sênior esteve na cidade de Ras al-Khaimah, onde nosso principal especialista em reabilitação, Prof. Israel Dudkiewicz, cuidou de pacientes e capacitou médicos nos Emirados. Sheba também participou do primeiro transplante de rim entre terceiros - doadores e pacientes israelenses-judeus e árabes-muçulmanos compatíveis. Os rins foram transportados entre Abu Dhabi e Tel Aviv em um jato particular.
  4. ACORDOS DE ABRAÃO 2- Yoel Har-Even, Diretor do Sheba Global, participou de uma cerimônia inspiradora em Manama, capital do Bahrein, com o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, onde Sheba assinou um acordo com o Salmaniya Medical Complex, maior hospital governamental do Bahrein. Em seguida, Sheba assinou acordos com outros hospitais públicos e privados para fornecer uma ampla variedade de serviços, desde treinamento local e atendimento ao paciente, até inovações médicas revolucionárias. Sheba rapidamente se tornou o principal suporte de saúde de Israel na região do Golfo.

SHEBA INDO ALÉM: Uma das ferramentas que Sheba está usando para acelerar a saúde de alta qualidade no Golfo e no mundo em geral é sua plataforma de telemedicina 'hospital virtual', que oferece alguns dos serviços de última geração através da integração de diferentes tecnologias inovadoras, formatadas para cada hospital ou sistema de saúde e seus pacientes.

Tenha uma semana saudável!


Sheba Medical Center realiza procedimento inovador para o tratamento de epilepsia

Em um procedimento de última geração, uma bomba para injeção de medicamentos diretamente no cérebro foi implantada em um paciente no Sheba, em Israel. Este tratamento, cuja droga foi desenvolvida nos EUA, é visto como um grande avanço e, até hoje, foi realizado em apenas cinco portadores dessa doença do sistema nervoso central em todo o mundo.

Um paciente com epilepsia, que não respondeu a nenhum tratamento medicamentoso ou cirúrgico, passou por um procedimento inovador na semana passada, visando prevenir convulsões causadas por esse distúrbio pela primeira vez em Israel.

O procedimento de última geração ocorreu no Sheba Medical Center, onde os cirurgiões implantaram uma bomba que vai injetar uma droga especial diretamente no cérebro do paciente. Este medicamento foi desenvolvido nos Estados Unidos após muitos anos de pesquisas e experimentos clínicos.

Cateter Especial

O chefe da Neurocirurgia Funcional e Estereotáxica e Ultrassom Focado do Sheba Medical Center, Dr. Zion Zably, que realizou o procedimento, disse que "um cateter especial foi implantado no cérebro do paciente, conectado a uma bomba implantada no abdômen do paciente com o medicamento”. O cateter é inserido em uma área específica do cérebro, permitindo que a droga se espalhe pelas meninges do cérebro, resultando em uma redução dramática da frequência de convulsões.

 "O paciente não havia respondido a nenhum tratamento, cirúrgico ou não, e havíamos ficado sem opção", disse o Diretor do Serviço de Epilepsia e Eletroencafalograma (EEG) e Vice-Diretor do Departamento de Neurologia do Sheba, Prof. Nicola Maggio.

Tratamento direito no cérebro

"Este procedimento inovador traz mudanças fundamentais na forma como a epilepsia é tratada em dois aspectos", disse Maggio. "Se o problema está no cérebro, o tratamento medicamentoso deve ser administrado diretamente no cérebro e não pela boca. Quando passa pelo sistema digestivo, uma dose reduzida [do tratamento] chega ao cérebro. A bomba de transplante e o cateter, em conjunto, nos permite fornecer uma concentração estável da droga ao cérebro", disse Maggio.

"Esta inovação nos permite manter o cérebro intacto e poupar o paciente das consequências funcionais e cognitivas da remoção de parte do cérebro", disse o Prof. Maggio referindo-se às opções de tratamento disponíveis.

De acordo com ele, outros candidatos serão submetidos à este procedimento, após terem sofrido uma alta taxa de convulsões que afetaram sua qualidade de vida e que causam frequentes lesões.

O diretor do Hopital de Reabilitação Conjunta do Sheba Medical Center, dr. Amitai Ziv, disse que o novo tratamento é um avanço no tratamento da epilepsia. "Essa inovação nos ajudará a tratar outras doenças do sistema nervoso central que, até agora, não tinham tratamento adequado no mundo da medicina."

 

Por Rina Drigov – YnetNews

https://www.ynetnews.com/health_science/article/rjd1pboot


Sheba Medical Center lança programa de monitoramento remoto para que as crianças com problemas cardíacos possam ficar em suas casas

O Sheba Medical Center e uma de suas divisões - o Instituto do Coração do Hospital Infantil Edmond & Lily Safra -, somaram suas expertises para o lançamento de um programa inovador para crianças com problemas cardíacos complexos.

O programa utilizará tecnologia de monitoramento remoto fornecida pela Datos Health, um membro do Centro de Inovação ARC, do Sheba – um ecossistema  aberto de inovação global onde se desenvolvem inovações em saúde.  Essa tecnologia integra diferentes sensores para transmitir dados dos sinais vitais dos bebês para a equipe de atendimento, permitindo que os médicos intervenham aos primeiros sinais de potencial risco.

Iris Shtein, codiretora do Centro de Telemedicina do ARC, comemora: “Esta plataforma conectada, desenvolvida pela equipe da Datos com o apoio do ARC, permite que os médicos do Sheba mantenham-se atentos  aos seus pacientes mais vulneráveis ​​mesmo no período entre as visitas ao hospital, permitindo assim um cuidado mais pró-ativo e proporcionando aos pais uma sensação de confiança em um momento tão crucial. "


Um estudo conjunto entre pesquisadores do Sheba e da Universidade de Tel Aviv traz esperança para portadores da ELA

Pesquisadores israelenses anunciaram a descoberta de um mecanismo-chave que causa a doença neurodegenerativa Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), o que pode desbloquear algumas formas de atrasar ou reverter esta condição que afeta anualmente a milhares de pessoas.

Uma equipe da Universidade de Tel Aviv, juntamente com pesquisadores do Sheba Medical Center e institutos na Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos, descobriram que um acúmulo de uma proteína chamada TDP-43 perto das junções neuromusculares, que traduz os sinais neurais na atividade motora, faz com que os neurônios motores se degenerem e morram, inibindo a produção mitocondrial.

Isso, por sua vez, leva à esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como doença de Lou Gehrig, que faz com que os pacientes percam a capacidade de andar, falar ou até mesmo de respirar.

"A paralisia causada pela doença é o resultado dos danos aos neurônios motores, levando à degeneração das terminações nervosas e perda da inervação muscular", disse o professor Eran Perlson, que conduziu o estudo com alunos de doutorado Topaz Altman e Ariel Ionescu, em um comunicado à imprensa. "Em consequência, causa degeneração nervosa e morte de neurônios motores na medula espinhal, mas até agora não fomos capazes de entender o mecanismo biológico básico que causa o dano inicial por trás disso."

Proteina TDP-43

Ao usar uma molécula experimental para quebrar o TDP-43 em animais, os cientistas foram capazes de restaurar a atividade dos neurônios motores, abrindo a possibilidade de que novos medicamentos para a cura da ELA sejam encontradas, antes que o dano mais severo da doença se estabeleça. “Essa descoberta pode levar ao desenvolvimento de novas terapias que poderão dissolver os condensados da proteína TDP-43, ou aumentar a produção de proteínas essenciais para a função mitocondrial e, assim, curar as células nervosas antes do dano irreversível que ocorre na medula espinhal”, diz o professor Perlson.

A doença degenerativa ELA, enfrentada por Stephen Hawking e que originou o famoso “Desafio do Balde do Gelo”, ainda não tem um tratamento farmacológico aprovado. “Estamos enfrentando o problema no outro extremo: na junção neuromuscular. E se no futuro pudermos diagnosticar e intervir precocemente, talvez seja possível inibir a degeneração destrutiva nos músculos dos pacientes com ELA”, disse.

Este estudo, revisado por pares, foi publicado na revista Nature Communications.

Publicado em 15 de dezembro no Times of Israel